Poucas ondas e recorde histórico marcam fim de semana no Rio Pro
- Fernanda Eid
- 16 de mai. de 2016
- 3 min de leitura
Quem reservou o fim de semana para ver boas ondas e a final da World Surf League nas terras cariocas voltou sem o que queria. Diferente do ano passado, o Oi Rio Pro está demorando para acontecer devido às condições do mar. O evento teve início na última terça-feira (10) nas ondas de Grumari e classificou atletas para o round 2, que só aconteceu na manha de sábado (14) na praia da Barra da Tijuca.
O dia amanheceu ensolarado no Postinho. Com ondas de 3-4 pés, os amantes do surfe lotaram a praia para assistir ao espetáculo. Gabriel Medina foi o grande destaque no início do segundo dia de baterias do Rio Pro. Ele deu um show de aéreos no duelo contra o brasileiro Alex Ribeiro. As duas manobras de Medina renderam as notas 9.40 e 8.27. E como se não bastasse, o fenômeno mandou uma manobra histórica; um backflip que rendeu um 10 e levou o público ao delírio.
Foi a primeira vez que um surfista realizou essa manobra em uma bateria do Circuito Mundial de Surfe. “Nunca tinham mandado um backflip em uma competição, fico feliz de ser o primeiro. É uma manobra que eu já queria completar em um campeonato faz tempo, ano passado eu quase voltei contra o Adriano na final de Pipeline e fiquei com isso na cabeça”, disse Medina.
Outro grande nome da segunda fase foi o brasileiro Deivid Silva, convidado da WSL para o evento, que eliminou o líder do ranking mundial Matt Wilkinson, com uma virada emocionante na última onda. A nota 8.30 no minuto final rendeu a vitória ao brasileiro. Ele foi mais alto e valeu 8.30 para virar o placar para 14.73 a 14.50 pontos. Com a derrota de Wilkinson em 25.o lugar, Italo Ferreira e o havaiano Sebastian Zietz têm chances de assumir a liderança do ranking no Brasil.
Quem levou a primeira bateria do dia foi Adriano de Souza. Os atletas Caio Ibelli, Miguel Pupo e Deivid Silva também passaram para a fase seguinte. Ao todo, dez brasileiros se classificaram para a terceira etapa: Filipe Toledo, Adriano de Souza, Gabriel Medina, Alejo Muniz, Caio Ibelli, Lucas Silveira, Italo Ferreira, Marco Fernandez, Miguel Pupo e Deivid Silva. A única representante brasileira na categoria feminina, Silvana Lima, foi desclassificada no round 2.
Já no domingo, o Brazilian Storm ganhou folga. Só foram realizadas as duas baterias que restavam para fechar a quarta fase feminina, com a tricampeã mundial Carissa Moore e a francesa Johanne Defay, que conquistaram as duas últimas vagas para as quartas. Já Tatiana Weston-Webb, outra queridinha dos brasileiros, também está entre as atletas das quartas de final e diz estar com grandes expectativas para os próximos dias do evento.
A possibilidade de ver pelo segundo ano consecutivo um surfista do país levantar o caneco em território nacional deixa os expectadores do evento ansiosos para as próximas baterias. Lembrando que o vencedor da etapa receberá o prêmio de 100.000 dólares.
Categoria Masculina round 3:
1. Filipe Toledo (BRA) x Leonardo Fioravanti (ITA) 2. John John Florence (HAV) x Alejo Muniz (BRA) 3. Nat Young (EUA) x Dusty Payne (HAV) 4. Caio Ibelli (BRA) x Ryan Callinan (AUS) 5. Davey Cathels (AUS) x Stuart Kennedy (AUS) 6. Adriano de Souza (BRA) x Lucas Silveira (BRA) 7. Italo Ferreira (BRA) x Marco Fernandez (BRA) 8. Miguel Pupo (BRA) x Kanoa Igarashi (EUA) 9. Sebastian Zietz (HAV) x Adam Melling (AUS) 10. Jordy Smith (AFS) x Jack Freestone (AUS) 11. Matt Banting (AUS) x Michel Bourez (TAH) 12. Gabriel Medina (BRA) x Deivid Silva (BRA)
Categoria feminina quartas:
1. Sally Fitzgibbons (AUS) x Malia Manuel (HAV) 2. Courtney Conlogue (EUA) x Tatiana Weston-Webb (HAV) 3. Tyler Wright (AUS) x Johanne Defay (FRA) 4. Stephanie Gilmore (AUS) x Carissa Moore (HAV)
Comentários